quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Errinhos do dia a dia

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Erros gramaticais e ortográficos devem ser evitados. 
Alguns ocorrem com maior frequência. 
Veja um dos erros mais comuns.
Venda à prazo”. 

Não existe crase antes de palavra masculina, 
a menos que esteja subentendida a palavra moda: 
Salto à (moda de) Luís XV. 

Nos demais casos: 

A salvo, 
a bordo, 
a pé, 
a esmo, 
a cavalo, 
a caráter.

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mundo Dragão VI


 Desenhos: ALEXANDRE MACHADO
APÍCULA
PARTE 1


Os heróis foram recebidos com grande alívio pelo dragão do Reino Animal, que já estava se acostumando com a idéia de que seus novos campeões haviam fugido.

- Majestade, estamos de volta para enfrentar o monstro Apícula. - disse Lia.

- E chegaram em boa hora. - retrucou o Rei. Apícula está devastando um povoado próximo. Todos os animais estão desesperados.

- Toku acha melhor ir logo.

- O que estamos esperando? Vamos logo enfrentar esse monstro! - exclamou JR.

Apícula era, na verdade, uma abelha rainha. 

Em toda colméia há uma rainha, que fecunda os ovos e determina o sexo das abelhas que vão nascer. 

As fêmeas são colocadas em alvéolos menores que os dos machos, para que não se desenvolvam muito. 

Alguns ovos são alimentados com geléia real, e se tornarão rainhas.

As abelhas operárias constroem os alvéolos, colhem néctar e pólen, produzem cera e mel e cuidam da segurança e da temperatura da colméia, ventilando-a com o bater das asas.

No verão, quando a população da colônia chega ao máximo, a Rainha vai embora, levando consigo algumas operárias, para construir uma nova colméia.

Uma nova rainha sai, acompanhada pelos zangões, para o vôo nupcial. 

Os pobres machos têm um triste fim: quando chega o outono, são mortos ou expulsos.

Uma abelha normal tem de um a dois centímetros. 

Mas Apícula não era uma abelha normal. Ela deveria ter uns 10 metros.

Quando as crianças chegaram ao lugarejo, Apícula sobrevoava as casas com vôos razantes, colocando em desespero os pobres animais. 

Alguns morriam, abatidos pelo terrível ferrão que as abelhas trazem em sua cauda.

Toku foi o primeiro a atacar. 

Ele pulou sobre o animal e o acertou com um chute que deixou Apícula desconcertada. 

Mas a abelha logo percebeu as qualidades de seu inimigo e inventou uma maneira de neutralizá-lo. 

Quando Toku pulou de novo, Apícula bateu as asas ao contrário, gerando um forte vento, que jogou Toku de volta ao solo, desmaiado.

O monstro aproveitou a confusão e avançou sobre Bruno e JR, ameaçando-os com seu ferrão.

JR ainda tentou se defender utilizando um pedaço de madeira, mas sem resultado. 

Nem mesmo Meia-noite tinha coragem de se aproximar do monstro!

O fim era inevitável: eles logo seriam mortos pela Apícula!


PARTE 2


Lia estava desesperada. Seu irmão e seu melhor amigo logo seriam picados pelo terrível ferrão de Apícula e ela não podia fazer nada.

Foi quando a menina se lembrou do artefato. Sim, era isso! Mas como funcionava?

Como uma caixinha daquelas ia vencer um monstro?

Lia mexeu e remexeu no artefato, mas não conseguiu sequer imaginar como funcionava.

- Eu não acredito! - exclamou ela. Todo aquele trabalho para nada... todo o esforço de enfrentar as águias para pegar algo inútil! Irritada, ela jogou a caixa contra Apícula.

Então algo espantoso aconteceu. A caixa se abriu, revelando várias cordas com bolas de

ferro na ponta. Era uma boleadera, um instrumento que os gaúchos usam para pegar cavalos.

Com o movimento das bolas, as cordas foram envolvendo Apícula, até que ela ficasse totalmente imobilizada.

O monstro estava derrotado.

As crianças foram recebidas com uma festa sem precedentes. 

Ironicamente, ao mesmo tempo em que prendia Apícula, o artefato a libertava da influência maligna do Robô.

O Reino Animal tinha de volta seu campeão, tudo graças aos nossos pequenos aventureiros.

Em homenagem a eles, o Dragão mandou trazer um banquete de frutas e verduras.

Mesmo Bruno, que não gostava muito de verduras, acabou adorando a comida.

No meio da festa, o Rei condecorou as crianças com a Ordem Real dos Animais, a mais alta honraria que qualquer animal poderia receber.

Depois de algum tempo, Toku foi procurar o Dragão:

- Majestade, Toku e crianças estão muito felizes, mas precisamos partir.

- Não estão satisfeitos com minha hospitalidade? - indagou o Rei.

- Estamos muito satisfeitos, majestade, mas temos muito a fazer. A cada momento o Robô estende sua influência maligna sobre o mundo dragão. Precisamos ir para o Reino Mineral.

O Dragão concordou balançando a cabeça para cima e para baixo.

- Está bem. Vou providenciar transporte para vocês, mas só poderemos levá-los até a fronteira de meu reino...

- Obrigado, majestade. Continuaremos o resto a pé.

Um carro celeste foi preparado. Lia, JR, Bruno e Toku entraram nele. 

Logo o carro alçou vôo, puxando por uma centena de pássaros. Meia noite voava ao lado da comitiva.

Que novas aventuras esperam as crianças? 
Que novos perigos as aguardam no Reino Mineral? 
Não perca a próxima história do Mundo Dragão!

Capítulo 5          Início          Capítulo 7
 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Errinhos do dia a dia

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Erros gramaticais e ortográficos devem ser evitados.
Alguns ocorrem com maior frequência. 
Veja um dos erros mais comuns.
 “Entrar dentro”.

O certo: entrar em. 

Veja outras redundâncias: 

Sair fora ou para fora, 
elo de ligação, 
monopólio exclusivo, 
já não há mais, 
ganhar grátis, 
viúva do falecido.

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Choque Adrenérgico?

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Hoje  vivi uma experiência nova e não agradável.

Já caí de árvores, de paredões na época que praticava montanhismo; já choquei-me contra pedras ao praticar rapel e aconteceu em algumas vezes, no momento da pancada, gerar um estado de choque momentâneo.

Como não conseguir se levantar, não mexer as pernas ou  um braço.

Mas bastava ficar deitado (ou pendurado) relaxadamente no local do acidente, que em questão de 2 a 3 minutos estava tudo bem.

Hoje de manhã ao regar as flores do jardim notei que trocaram o adaptador de torneira da ponta da mangueira por um danificado.

Prontamente, busquei as ferramentas necessárias e outra peça para repor.

Coloquei as ferramentas sobre uma base de cimento de uma escultura de metal, para não perdê-las na grama.

Baixei-me para pegar uma chave e bati com a região temporal direita numa ponta da escultura.


Foi apenas uma cabeçada como muitas que dei nestes 40 anos (isto acorreu por volta das 07:20)

Ajustei o adaptador na mangueira e fui executar minha função. Alguns minutos de trabalho comecei a sentir  um forte cansaço e dor muscular no ombro direito e depois, além do ombro, fortes dores debaixo das unhas da mão direita, como se tivesse martelado cada um dos dedos.

As raízes dos dentes comessaram a latejar.

As 8h, no intervalo do lanche, procurei a enfermaria e comuniquei o ocorrido e sintomas.

Prontamente recebi um saco de gelo para por na cabeça.

Voltei as funções do jardim.

Por volta das 8;45 o cansaço estava por todo o braço direito.

Os dentes pararam de doer mas tinha a sensação de que todo o lado direito do meu rosto estava muito inchado.

As dores nos dedos ficaram apenas nos polegar e indicador, de ambas as mãos.

Tentei continuar meu trabalho e agora doía também o 'ossinho' do tornozelo direito.

Assustado, me auto encaminhei à emergência do Hospital São José.

O médico disse que se tratava de um "CHOQUE ADRENÉRGICO" e que passaria sem danos.

Me receitou um analgésico.

Senti aquelas dores até as 10h da manhã.

Neste momento (16:34) só sinto cansaço no braço direito e (como deveria ser) dor no local da pancada.
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mundo Dragão V

Desenhos: JOSÉ AGUIAR

Parte 1 

As criança já estavam andando há um longo tempo quando chegaram ao pé da montanha.
 
- Por que não viemos num daqueles carros puxados por besouros? – reclamou Bruno.
 
- Quem tentou matar crianças foi alguém do palácio. – explicou Toku. É mais seguro andarmos sozinhos, por mais que Bruno se canse.
 
Lia interrompeu:
 
- Sabem, eu estava pensando sobre esse enigma que mestre Tao nos propôs. Ele disse que o artefato está na montanha mais alta, e já sabemos que esta é a montanha mais alta. Mas ele disse também que o artefato estaria longe do sol. Como pode estar no topo da montanha mais alta e longe do sol?
 
- Tem razão. – concordou JR. Se ele está lá em cima, deveria era estar próximo do sol...
 
- Acho melhor deixarmos para pensar nisso quando chegarmos lá em cima. Por enquanto o nosso inimigo não são os enigmas. São eles!
 
Toku apontou para o céu. Lá estavam pelo menos 20 águias voando em círculos e gritando ameaçadoramente.
 
Os aventureiros tentaram esquecer o perigo que corriam e se puseram a caminho.
 
A pequena estrada que seguia montanha acima era muito perigosa. Havia pedregulhos aqui e ali, que se soltavam ao se pisar neles e levavam consigo os viajantes morro abaixo.
 
Mais de uma vez, Bruno e Lia foram salvos por Toku e JR quando já estavam a ponto de cair.

JR parecia não sentir tanto o cansaço. Ele subia como um cabrito montanha acima, dando pequenos e firmes pulos, parando às vezes para ver se os amigos não estavam em apuros.
 
À medida em que avançavam, a luz do sol se tornava mais forte.
 
Mas, ao contrário do que se poderia esperar, a temperatura diminuía. 

Na verdade, logo estava tão frio que uma pequena camada de neve cobria as pedras.
 
Além disso, o cansaço começou a dominar a todos. A razão desses dois fenômenos era a mesma: atmosfera terrestre terrestre. 

Ela é feita de gases e, além de nos proteger, segura o oxigênio, que respiramos. 

Faz parte da atmosfera um gás chamado ozônio que funciona como um filtro solar, diminuindo a incidência dos perigosos raios ultravioletas, vindo do sol.

Acontece que, conforme subimos uma montanha, a atmosfera vai ficando mais rarefeita, o que quer dizer que ela vai se tornando fraquinha e não consegue segurar o calor do sol. 

O oxigênio também existe em menor quantidade nos locais mais altos. E, como esse é o gás que nós respiramos, as pessoas vão ficando fracas quando sobem montanhas. 

Há histórias de pessoas que subiram montanhas muito altas e, quando chegaram lá em cima, não tinham mais forças para descer.
 
Assim, a cada metro da subida, parecia que as forças de nossos heróis iam ficando lá embaixo. 

Felizmente a Montanha das Águias, embora fosse a mais alta do Reino Animal não era, nem de longe quanto as montanhas do Himalaia...
 
Estavam na metade do caminho quando pararam para descansar.
 
Eles se sentaram nas pedras e conversaram, resfolegando e soltando fumacinha branca pela boca por causa do frio.
 
- Há uma coisa que não entendo. – disse Lia. Por que as águias não nos atacam?
 
Era verdade. Até então, as enormes aves de rapina apenas voavam lá no alto, soltando gritos aterradores.
 
- As águias estão doidas, mas não são burras. – explicou Toku. Eles estão esperando que crianças fiquem cansadas para só depois atacar.
 
- Ah, por mim elas poderiam atacar logo. – disse Bruno. Estou tão cansado que mal consigo mexer os olhos.
 
Apesar de estarem cansados, todos riram. Até Meia-noite, que estava pousada sobre um galho seco de árvore, soltou um guincho e girou a cabeça.
 
 Ficaram parados lá meia-hora, comendo algumas frutas que Toku levara e recuperando as forças.

Só depois continuaram a subida.

Bruno ainda estava muito cansado e, ao pisar em uma pedra, acabou escorregando. 

JR agarrou-o pela mão, mas, quando procurava um ponto de apoio, perdeu o equilíbrio e os dois despencaram montanha abaixo.

Foi nesse momento que a águias começaram a atacar.

Parte 2

As águias avançaram sobre nossos heróis, atacando-os com suas garras e bicos.
 
Apesar do perigo, Lia se agarrou a uma pedra e olhou para baixo. Bruno e JR estavam lá, pendurados em um galho de árvore. 

A pequena árvore não estava agüentando o peso e ameaçava se desprender a qualquer momento.
 
Lia se pendurou no penhasco, na tentativa de agarrar a mão de seu irmão, enquanto
 
Meia-noite voava sobre ela, protegendo-a das águias.
 
Mas o esforço foi inútil. Eles havia caído muito e Lia não conseguia alcançá-los. 

A menina recuou, lagrimas escorrendo de seus olhos, e se aproximou de Toku.
 
- Estamos perdidos. – ela disse.
 
Os pássaros continuavam atacando e Lia só não foi ferida seriamente porque começou a se defender com um pedaço de pau.
 
Estavam nessa situação crítica quando a coruja simplesmente desapareceu.
 
As águias se concentraram também sobre JR e Bruno, que não tinham como se defender e se tornaram alvos fáceis de suas garras.
 
Nossos heróis já haviam perdido as esperanças quando Meia-noite voltou, trazendo algo em seu bico. 

Ela deu um vôo rasante sobre Lia e soltou, aos seus pés, um pedaço de pano enrolado. 

Depois voltou a alçar vôo e intensificou a defesa contra as águias.

Lia ficou de joelhos e abriu o embrulho.
 
Havia uma moeda lá dentro. Uma moeda de ouro. 

E no tecido estava escrita uma mensagem:
 
Os três porquinhos
Os três poderes
Ascensão e queda
São dois lados da mesma moeda

- Como é que é? – Lia coçou a cabeça. O que isso quer dizer?
 
As águias continuavam voando ameaçadoramente sobre sua cabeça e só não a bicavam porque Meia-noite intervinha. 

A menina não prestava atenção. 

Ela estava envolvida com o novo enigma, que provavelmente havia sido enviado também pelo Mestre Tao.
 
De repente ela deu um pulo.
 
- Já sei! Ascender é subir. Queda é descer, cair. Se ascensão e queda são dois lados da mesma moeda, então basta virar a moeda para que o que está voando caia e o que está caindo voe...
 
Disse isso e pegou a moeda. Fechou os olhos, concentrada, e inverteu a moeda, colocando-a novamente no pano.
 
Quando voltou a abrir os olhos, algo incrível havia acontecido: Bruno e JR estavam flutuando no ar, enquanto as águas estavam estateladas no chão, ao pé da montanha.
 
- Uhu! Eu posso voar! – gritou Bruno, imitando o Super-homem.
 
- Toku acha melhor parar com brincadeiras. O efeito logo vai passar e Bruno vai cair.
 
- Desmancha prazeres. – resmungou Bruno, descendo junto com JR.

Lia pegou a moeda e voltaram a subir a montanha.
 
Em alguns minutos eles haviam chegado ao cume, mas nada do artefato.
 
Resolveram se separar e procurar. JR estava muito empolgado com a idéia de ser o primeiro a ter um artefato e pulava de lá para cá, atrás do mesmo.
 
Lia, ao contrário, andava calmamente, refletindo sobre o enigma.
 
- No alto da montanha... longe do sol... como pode?
 
De repente ela teve um estalo:
 
- Claro! O artefato só pode estar em uma caverna!
 
De fato, ali por perto havia uma caverna. 

Era uma abertura estreita no meio das rochas, mais parecida com um buraco de Hobbit. 

A menina ficou com medo de que tivesse animais lá dentro, mas encheu-se de coragem e entrou. 

Era necessário abaixar a cabeça para andar pelo corredor, mas o esforço valeu a pena.
 
Lá estava o artefato, no fundo do corredor. Embora nem um fiozinho de luz do sol chegasse até ali, era fácil achá-lo, pois emitia uma suave luz alaranjada.
 
Lia pegou-o e correu para mostrar aos amigos. 

Correr é jeito de falar, pois o corredor era tão estreito que ela mal conseguir andar.
 
Mas enfim chegou ao ar livre e gritou a plenos pulmões:
 
- Encontrei! Encontrei o artefato!
 
Todos vieram ver. Não parecia uma arma. Era antes uma caixa no formato de pentágono e com algumas ilustrações.
 
- Como será que isso funciona? – perguntou Bruno.
 
- Como venceremos a grande abelha com isso?

-Será que aquele era mesmo o artefato capaz de vencer Apícula? 
-Será que todo o esforço para subir a montanha havia sido em vão? 
-Não perca as próximas aventuras do Mundo Dragão!

Capítulo 4          Início          Capítulo 6

 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Errinhos do dia a dia

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Erros gramaticais e ortográficos devem ser evitados. 
Alguns ocorrem com maior frequência. 
Veja um dos erros mais comuns.
“Há” dez anos “atrás”.
Há e atrás indicam passado na frase. 
Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.
06    Início    08
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mundo Dragão IV

UM INIMIGO E DOIS AMIGOS
Desenhos: Elza Keiko

Parte I
O traidor

Terminada a audiência, Lia, Bruno, JR e Toku foram levados a seus aposentos.

Era para cada um ficar num quarto, mas Bruno não quis se separar da mana e acabou dormindo com ela.

Assim, a noite caiu sobre o Mundo Dragão e encontrou nossos heróis ferrados no sono.

Já era muito tarde quando uma sombra se esgueirou pelos corredores.

Quem sai a essa hora da cama, ou vai ao banheiro, ou está mal intencionado.

E aquele de quem estamos falando tinha as piores intenções: matar as crianças!

A sombra abriu lentamente a porta do quarto de Lia. O ferrolho fez um barulho estridente, mas nossos heróis estavam tão cansados que não ouviram nada.

A sombra se aproximou até a cama e uma lâmina brilhou em sua mão. Era uma faca!

O ser misterioso levantou a faca acima da cabeça e já ia cravá-la no peito de Lia quando se ouviu um grito.

- Pare! Pare imediatamente!

Lia e Bruno acordaram e começaram a gritar, sem saber o que estava acontecendo.


JR e Toku pularam correndo de suas camas, mas, quando chegaram no quarto, a sombra havia pulado pela janela e desaparecido na escuridão.

- Alguém tentou nos matar. - gritava Lia, abraçando o irmão, que chorava desesperado.

- Alguém gritou com o assassino. Quem foi?

Lia apontou para um canto escuro, atrás da porta. De lá saiu um homenzinho muito baixo, já velho e com traços orientais. Ele usava uma roupa chinesa, dessas que a gente vê em filmes de Kung Fu.

Toku deu um pulo de alegria e correu para abraçar o velhinho.

- Mestre Tao, Mestre Tao! Que bom que você está aqui!

- Eu também estou muito feliz de revê-lo, meu pequeno aprendiz. - respondeu o velhinho.

As crianças fizeram cara boba:

- Esse é o Mestre Tao?

Sim, aquele era o mestre Tao!

Toku, muito saltitante, apresentou seu mestre a cada uma das crianças.

Tao era um velhinho muito sorridente e simpático. Ele apertava a mão de cada um e fazia brincadeiras.

Depois de toda essa festa, JR se lembrou do assassino e argumentou que deveriam sair para procurá-lo.

- Não, pequeno gafanhoto. - disse o Mestre. Quem usa de maldade, nada consegue e ainda acaba caindo em sua própria armadilha. Toda violência volta para o próprio violento. Meu pequenos aventureiros devem se concentrar no que realmente importa. Em breve terão de enfrentar Apícula, a grande abelha que está devastando os campos e matando os animais. Mas vocês não conseguirão fazer isso sem um artefato.

- Artefato? - perguntou Bruno.

- Um artefanto é um instrumento, como uma pá ou uma vassoura. - respondeu Lia, que era muito boa de português.

- Quer dizer que vamos vencer o Apícula com uma vassoura?

Todos riram.

- Não, meu pequenino. - disse o Mestre. Esse é um artefato especial, e só com ele será possível vencer o Apícula.

- E como faremos para encontrar esse artefato? - perguntou JR.

- No alto da montanha mais alta, longe da luz do dia, vocês encontrarão o artefato. Mas cuidado. Armas são instrumentos nefastos. Quem conhece o caminho sabe que deve tomar cuidado com elas. E lembrem-se: Apícula está dominado pelo mal, mas ele é bom. Sabedoria é paz e amor. Burrice é ódio e guerra. O grande guerreiro mantém a paz de espírito, mesmo no auge da batalha. Agora preciso ir. Eu os encontrarei em breve.

Mestre Tao disse isso e foi na direção da porta. Virou na corredor e desapareceu.

JR ainda foi atrás, mas Mestre Tao não deixara nem poeira.

Quando voltou para o quarto, os outros estavam discutindo.

Como iriam encontrar o artefato?


Parte II
Meia-Noite

- Mestre Tao disse que encontraremos o artefato na montanha mais alta, mas longe do sol. - recapitulou Lia. Qual é a montanha mais alta do Reino Animal?

- É a montanha das águia. - explicou Toku.

- Por que é chamada de Montanha das Águias?

- Ela é habitada por uma infinidade de águias que, depois que surgiu o robô, ficaram loucas. Sempre que o equilíbrio natural é quebrado, a natureza responde de maneira caótica...

- É por isso que quando são destruídas as florestas perto das cidades, acontecem grandes inundações. A floresta serve de esponja, segurando a água da chuva. - explicou Lia.

- Isso mesmo. Tudo na natureza tem um equilíbrio muito frágil. Quando o homem quebra esse equilíbrio, as conseqüências são desastrosas.

- É o que aconteceu com as águias que ficaram loucas? - perguntou Bruno.

- Talvez elas tenham ficado sem comida. - arriscou JR.

- Sim, é possível. Mas o fato é que elas estão fora de si e não nos deixarão chegar no topo da montanha.

JR coçou a cabeça:

- O que faremos agora?

Nisso um vulto pousou na janela. Era uma coruja, maior que qualquer outra que as crianças já tivessem visto.

Toku sorriu:

- Toku imagina que Mestre Tao mandou alguém para nos ajudar em nossa aventura...

As crianças se aproximaram e começaram a acariciar o pássaro. Suas penas eram muito macias e era uma delícias deslizar as mãos por elas.

- Como vamos chamá-la? - perguntou JR.

Bruno era muito bom de dar nomes e fez uma sugestão que agradou todo mundo:

- Vamos chamá-la de Meia-noite.

Meia-noite era a mais nova integrante do grupo de aventureiros.

No dia seguinte, os heróis procuraram o rei Dragão e comunicaram que, antes de enfrentar Apícula, precisariam fazer uma viagem.

Quando saíram, o conselheiro Louva-a-Deus aproximou-se do rei e cochichou em seu ouvido:

- Acho que eles estão é com medo e pretendem fugir para não enfrentar o perigo.

O Rei Dragão suspirou, angustiado, balançando a cabeça:

- Espero que você esteja errado.

Quem será o traidor que tentou matar nossos heróis? 
Eles vão conseguir passar pelas águias enlouquecidas e pegar o artefato? 
Conseguirão solucionar o mistério deixado pelo Mestre Tao? 

Não perca o próximo episódio de Mundo Dragão.

Capítulo 3          Início          Capítulo 5

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Errinhos do dia a dia

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Erros gramaticais e ortográficos devem ser evitados. 
Alguns ocorrem com maior frequência. 
Veja um dos erros mais comuns.
Entre “eu” e você.
Depois de preposição, usa-se mim ou ti:

Entre mim e você.
Entre eles e ti.

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mundo Dragão III

Desenhos: Jean Okada

Parte 1 
Os novos campeões

As crianças estavam boquiabertas. Um imenso castelo se descortinava à frente delas.

Era o castelo do Reino Animal. E dali emergia uma fila imensa de seres.

Era animais dos mais variados tipos: mamíferos, aves, insetos, répteis...

Toupeiras se misturavam com grilos, tucanos e lesmas. Eles vinham todos muito cerimoniosos, em fila indiana, murmurando baixinho entre si.

Quando se aproximaram o bastante, formaram um círculo ao redor das crianças. Não se sabe quem estava mais espantado: os três aventureiros ou os animais que os cercavam.

De repente alguém começou a gritar no meio da multidão:

- Abram alas para o conselheiro!

Os animais se espremeram para abrir espaço e deixar passar um cortejo.

Um carro, puxado por besouros, se aproximou.

Dele saiu um grande louva-a-deus. Ele andava com as mãos juntas à frente do peito, como um chinês fazendo reverência.

Seus olhos eram enormes e ele virava a pequena cabeça verde de um lado para o outro enquanto falava.

- Sejam bem vindos, heróis! Eu sou o conselheiro e este é o reino animal. O Rei os espera.

Disse isso e estalou os dedos.

Um outro carro, também puxado por besouros, estacionou à frente das crianças.

Lia, Bruno, Toku e JR entraram no veículo e se puseram a caminho do palácio.

Uma infinidade de animais se acotovelava ao longo da estrada para saldar os heróis.

Eles aplaudiam e dava gritos de "Urra!". Passarinhos sobrevoavam a carruagem e jogavam flores, formando um verdadeiro tapete florido ao longo da pista.

A mesma euforia se repetiu dentro do castelo.

Os animais, lobos, larvas, gatos e jabutis saudavam a chegada dos novos campeões.

Finalmente foram introduzidos em um grande salão.

Havia um dragão ali, tão imóvel e grande que parecia se confundir com a parede. Ele levantou a cabeça e os olhou de frente.

Estava muito abatido e havia uma profunda tristeza em seu olhar.

- Então vocês são os novos campeões? Desculpem se não pareço tão empolgado quanto meus súditos, mas foram tantas as decepções e tristezas...

Lia se adiantou e fez uma reverência inclinando o corpo e colocando um joelho no chão.

- Majestade, nós viemos para ajudar, mas precisamos saber o que está acontecendo.

- Muito bem. - suspirou o Dragão. Vou lhes contar a história de como o mal se alastrou por estas terras.


Parte 2
O inimigo

O Dragão deu um longo suspiro, como se lamentasse profundamente o que ia dizer, e então começou:

- Durante muito tempo, o Mundo Dragão viveu na mais completa harmonia. Plantas, animais e minerais viviam em paz, colaborando uns com os outros. Tudo mudou quando surgiu um novo ser, que não era nem animal, nem vegetal, nem mineral. Era um ser artificial, um robô. Ninguém sabe ao certo como ele apareceu ou de onde ele vem.

- Tudo o que sabemos é que ele arrebatou uma multidão de súditos, que o alimentam continuamente. O robô tem fome e sua fome é de informação. A todo instante os servos colocam em boca disquetes com informações sobre o mundo dragão. Assim, ele foi se tornando mais e mais forte e começou a atacar os reinos. Cada Dragão mandou seus campeões para combatê-lo. Mas algo aconteceu. O robô os dominou e fez deles seus escravos, que obedecem a todas as suas ordens. Ficamos totalmente indefesos. A derrota era inevitável. Foi quando nos lembramos de uma antiga profecia. Segundo ela, os reinos seriam salvos de um grande perigo por três crianças, que viriam de longe, de um lugar fora do Mundo Dragão. Foi por isso que meu povo os recebeu com tanto entusiasmo. Vocês são nossa única esperança.

- Pode contar conosco! - disse JR, corajoso como sempre.

- Isso mesmo! Faremos de tudo para ajudar. - concordou Lia.

- É isso mesmo! - exclamou Bruno.

- Ótimo. Fico feliz que estejam dispostos, especialmente porque o perigo está muito próximo de nós.

- Como assim? - perguntou Bruno.

- Apícula, um dos campeões que enviamos contra o Robô, voltou para o reino e está apavorando os animais. Preciso que vocês o enfrentem e vençam!

- Quem é esse Apícula?
- Como as crianças conseguirão derrotá-lo?
- De onde surgiu o Robô?
- O que ele pretende?
 

Não percam o próximo capítulo de Mundo Dragão!

Capítulo 2          Início          Capítulo 4


Disponível para baixar no formato PDF
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Polly Pocket

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Cenário para decoração de festa infantil.


Pintado à mão em algodão cru.
Com gliter na tinta.


bissigoricco@yahoo.com.br
51 9695 4061

Detalhes sobre preços e frete

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Errinhos do dia a dia

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Erros gramaticais e ortográficos devem ser evitados. 
Alguns ocorrem com maior frequência. 
Veja um dos erros mais comuns.
Para “mim” fazer. 

Mim não faz, 
porque não pode ser sujeito. 

Assim: 
Para eu fazer, 
para eu dizer, 
para eu trazer.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Mundo Dragão II

Gian Danton
Desenho Antonio Eder
Parte I - 
O lago tenebroso

Lia, Bruno e JR ainda não estavam acostumados ao mundo estranho para o qual foram transportados.

Eles andavam lentamente, olhando fascinados para as árvores gigantescas.

Toku apressava-os:

- Vamos, precisamos andar rápido!

- Para onde estamos indo, Toku? – perguntou Lia.

- Para o Lago Tenebroso.

JR assustou-se:

- Lago tenebroso? O que é um lago tene...

Mal terminou de falar e uma lagoa tão grande quanto um mar se descortinou à frente deles.

A água era muito escura e tudo era assustadoramente silencioso.

- Co-como vamos atravessar esse lago? – gaguejou JR.

- Toku não vê problema. – disse Toku, e as crianças perceberam que ele sempre se referia a si mesmo como se fosse outra pessoa.

O animalzinho jamais dizia: Eu faço isso.

Dizia: Toku faz isso. Isso contribuía para torna-lo ainda mais estranho.

- Vamos atravessar nessa jangada.

Disse isso e apontou para uma um coisa feita com troncos de árvores e amarrada com cipós.

JR não se conteve:

- O quê? Vamos atravessar nessa coisa? Isso vai desmanchar antes... antes termos tempo de dizer anticonstitucionalisticamente.

JR tinha aprendido essa palavra recentemente e alguém dissera para ele que essa era a palavra mais comprida da língua portuguesa.

Ele falou isso para parecer inteligente, mas não pareceu muito esperto quando, no final da frase, caiu em uma poça d’água.

Toku balançou a cabeça:

- Toku fica contente em saber que pequeno gafanhoto resolveu esfriar a cabeça.

JR levantou praguejando, mas escorregou novamente na poça.

- Vamos, pequeno gafanhoto. Deixe de brincar com a lama. Não temos mais tempo... Em poucos minutos estavam os três na jangada, atravessando o lago.

- Toku, o que está acontecendo? Por que viemos parar neste mundo? – perguntou Lia, depois de algum tempo.

- Toku não pode dizer. Tudo que vocês precisam saber é que vão se encontrar com os três dragões.

Bruno arregalou os olhos:

- Dragões?

- Sim, três dragões. – explicou Toku. Cada um governa um reino.

- Que reinos são esses? Indagou Lia.

- São os três reinos da natureza: o Reino Vegetal, do qual fazem parte todas as plantas; o reino animal, que engloba todos os animais e o reino mineral, formado por pedras, cristais... Cada dragão é responsável por manter o equilíbrio em seu reino, mas esse equilíbrio foi quebrado. Agora estamos indo nos encontrar com o Dragão do Reino Animal.

- Ei, Toku, por que você disse que não temos muito tempo? – lembrou JR.

- É que a hora de dormir está terminando.

- Está acabando? Mas eu ainda nem tirei uma soneca!

- Não é a sua hora de dormir. É a hora de dormir do Cefalópode.

- O que é um cefalópode?

JR não demorou muito tempo para descobrir. A jangada foi balançada como se fosse vítima de um terremoto.

Um barulho infernal dominou o mar até então silencioso:

ROAAAR!

O grupo teve de se segurar com todas as forças na madeira.

Súbito um enorme tentáculo emergiu ao lado da jangada e agarrou Lia.

Estava explicado: o cefalópode era uma lula, um molusco como Quiton.

Mas, assim como Quiton, era muito maior que qualquer lula de nosso mundo... e estava levando Lia para o fundo!

Parte II 
Nos Tentáculos do Cefalópode!

- Eu vou te salvar, Lia! – gritou JR, e pegou um remo com o qual começou a bater no tentáculo.

Deve ter dado resultado, pois o tentáculo se desenrolou do corpo de Lia, permitindo que Toku pudesse puxá-la de volta para cima da jangada.

Lia abraçou JR, agradecida.

- Obrigado, meu herói.

Mas o Cefalópode não estava derrotado.

Um outro tentáculo irrompeu no meio da jangada, quebrando-a em centenas de pedaços.

Os garotos foram jogados longe, cada um para seu lado.

No começo JR se sentiu confuso.

Tantas bolhas e água em onda o desnortearam, mas era necessário salvar os outros, e ele concentrou todas as suas forças na tentativa de nadar e conseguir distinguir algo à sua volta.

Por fim, achou Lia e nadou até ela, ajudando-a a alcançar um tronco.

- Bru... Bruno! – gaguejou Lia. Onde está Bruno?

Os dois olharam à volta, mas era muito difícil achar alguma coisa em meio às ondas que se formaram após a quebra da jangada.

- Ali! Lá está ele! – gritou Lia, depois de algum tempo. Está se afogando...

Não havia tempo a perder. JR nadou rapidamente e segurou o garoto pelo peito, tentando mantê-lo com a cabeça fora d’água.

Foi um longo e penoso caminho até o tronco, mas enfim chegaram.

Entretanto, ainda estava faltando alguém!

- Onde está Toku?

- Toku está aqui, crianças! – disse o castor, esticando os braços para ser visto.

Mal terminou de falar e um enorme tentáculo apareceu às suas costas, agarrando-o.

As crianças começaram a gritar:

- Toku! Toku! Dê o golpe nele!

- Toku não pode. – explicou o castor. Toku precisa de um ponto de apoio para dar o soco...

Estava perdido!

Os tentáculos apertavam-no, fazendo com que coitado ficasse com os olhos esbugalhados.

Em pouco tempo ele não agüentaria mais e deixaria de tentar se livrar da prisão de carne que o envolvia.

Foi quando as crianças avistaram, ao longe, uma enorme sombra que se aproximava.

Parecia uma nuvem negra de chuva, mas se movimentava muito mais rápido.

- O que é aquilo? – perguntou Lia, impressionada.

Não bastava o perigo representado pelo Cefalópode?

Agora eles teriam também de enfrentar outra fera?

Com o tempo as formas da coisa se tornaram mais distintas. Era uma espécie de lagarto com asas.

Se Lia conhecesse mais de zoologia – e zoologia é a ciência que estuda os animais – saberia que aquele animal era ninguém menos que o Kuenossauro.

Em nosso mundo, um Kuenossauro tem pouco menos de um metro, mas ali, no Mundo Dragão, era maior que um avião.

O bicho se aproximava, e estava com fome, mas o que as crianças não desconfiavam era eu seu alimento predileto era... o Cefalópode!

O lagarto gigante mergulhou na água e saiu de lá com o polvo no papo.

Toku acabou sendo solto pelo tentáculo e caiu de uma altura considerável, mas isso não era nada para quem já tinha enfrentado um monstro como Quiton.

Em alguns minutos ele emergiu ao lado do tronco em que estavam as crianças e ficou observando o Kuenossauro levar seu almoço embora.

- Depois de tudo que aconteceu, os animais parecem ter ficado meio doidos. – disse ele, nadando até as crianças.

Ninguém pediu maiores explicações.

Estavam todos muito cansados com todas as aventuras pelas quais haviam passado.

Além disso, estavam perdidos no meio de um lago sem fim, longe de qualquer lugar seco.

- Prometo a mim mesmo que nunca mais vou entrar num barco, se conseguirmos escapar dessa. – disse JR, mas logo em seguida deu um berro.

Tinha visto uma praia!

Lia chorou de alegria. Depois de horas à deriva, estavam finalmente salvos!

Eles nadaram com o que restava de suas forças e chegaram exaustos à praia.

- Arf, arf! Estou faminto! – reclamou Bruno, deitado de costas na areia.

JR abriu a mochila que havia trazido consigo.

- Deixa eu ver... lembro de ter trazido algumas bolachas aqui...

Em seguida fez cara de nojo.

- Argh! Estão molhadas...

- O jeito é comermos isso mesmo. – atalhou Lia.

- É, tem razão. Estou morrendo de fome. – concordou JR.

Eles dividiram as bolachas entre si e estavam começando a comer quando Toku apareceu.

- Toku não sabia que vocês gostavam de bolacha molhada. – disse ele. Trouxe algumas frutas.

- Frutas!

É evidente que todos deixaram as bolachas de lado e atacaram as frutas, que por sinal estavam deliciosas.

Os três nunca haviam comido tanto em suas vidas, pois aventuras dão uma grande fome.

- Ah, isso é que é vida!- exclamou JR, saboreando um abacaxi. Na beira da praia, comendo frutas, por mim ficaria aqui para sempre...

Toku discordou:

- Ah, isso é que não! Precisamos chegar logo ao palácio do Dragão...

Foi realmente difícil convencer JR, mas, no fim, a curiosidade acabou falando mais forte e eles pegaram a estrada.

Bem, pegar estrada é modo de falar, pois na verdade eles percorreram um caminho muito estreito, no meio da mata.

- Esse castelo fica muito longe? – perguntou JR depois de algum tempo.

- Não. Está logo ali. – respondeu Toku.

Continuaram andando. Depois de alguns minutos, JR voltou à pergunta:

- Toku, ainda estamos muito longe?

- Não, já estamos chegando...

Mal andaram cinco minutos, JR tornou:

- Toku, ainda está...

O castor, que já tinha perdido a paciência, nem mesmo o deixou terminar:

- Está, está longe sim! Agora fique quieto e ande!

Depois de um longo tempo, o grupo parou atrás de uma moita.

- É aqui, chegamos. – anunciou Toku.

- Eu não estou vendo nada. - admitiu Lia.

- Oh, então olhe através dessas folhagens...

As crianças afastaram as folhas e ficaram espantadas com o que viram: um enorme castelo se descortinava à frente deles.

Era maior do que qualquer construção que já tivessem visto.

Suas paredes não pareciam de tijolo, ou qualquer outro material conhecido.

- É todo feito de pelo endurecida de dragões. É uma beleza, não é mesmo?

Sim, era uma beleza, e era também impressionante.

Aquele era o castelo do Dragão do Mundo Animal!

As crianças chegaram finalmente ao palácio do primeiro dragão.

Como eles serão recebidos?

Que novos perigos os aguardam?

Não perca o próximo capítulo de Mundo Dragão!

 
Disponível para baixar no formato PDF

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Os Espertos e os Otários

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Faz algum tempo que gostaria de citar a série 'Zica e os Camaleões".

É obra do Ari Nicolosi produzido pela Conteúdos Diversos para o Anima TV.


A desculpa que uso pra exibir um trecho do episódio "Sempre as Segundas", é ter lido o Desabafo logo após o impacto  da Madá.

Lendo seu texto, imediatamente veio na lembrança estas cenas da Zica e os Camaleões definindo "espertos e otários"
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Errinhos do dia a dia

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Erros gramaticais e ortográficos devem ser evitados.
Alguns ocorrem com maior frequência.
Veja um dos erros mais comuns.
Existe” muitas esperanças
Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: 
-Existem muitas esperanças. 
-Bastariam dois dias. 
-Faltavam poucas peças. 
-Restaram alguns objetos. 
-Sobravam idéias.

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mundo Dragão I

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Desenhos Antonio Eder
Parte I - O estranho objeto

 Bruno era um desses garotos elétricos.

Bastou que JR dissesse que aquela era a casa e ele saiu disparado pela porta a dentro.

Sua irmã Lia ficou mais uma vez preocupada.

A casa não parecia muito segura com sua porta emperrada e os degraus caindo aos pedaços.

A madeira do assoalho apodrecera, revelando, aqui e ali, a cabeça de um prego.

Parecia  estar tudo desmoronando naquela casa, das paredes ao teto.

Isso dava um ar ainda mais misterioso e assustador à descoberta de JR.

Um dia desses,percorrendo as ruas do bairro, ele encontrara o casarão e o estranho objeto, escondido em
um armário em baixo da escada.

Vocês devem estar se perguntando o que esse objeto tinha de tão diferente.

Para começar, era uma espécie de prato de porcelana com um círculo no centro formado por dois peixes nadando em sentido contrário.

Ao redor do círculo havia três dragões. Embora parecesse, não devia ser um prato, pois não dava para comer nele.

Mas o que era mais estranho é que, enquanto todo o resto da casa estava cheio de poeira, o prato estava em perfeito estado e nem um pouco sujo ou empoeirado.

JR pensou em pegar o prato e levar para os amigos, mas achou que seria mais emocionante se ele os levasse até a casa.

Os três não tiveram grande dificuldade para encontrar o objeto.

Ele estava exatamente onde JR os encontrara pela primeira vez, como se estivesse esperando por eles.

- Nossa, parece muito antigo. - disse Bruno. Deve ter um milhão de anos!

- Isso é impossível, seu bobinho! - argumento Lia.

- Ah, é? E por que, espertinha?

- Simples. Há um milhão de anos não havia pessoas para fazer isso.

Bruno, que estava na fase dos porquês, não perdoou:

- Por que não havia pessoa há um milhão de anos, hein?

- Ora, porque...

Lia não terminou. O prato, nas mãos de Bruno, estava tremendo e emitindo uma luz azulada.

- Ei, toquem nisso aqui!

JR e Lia aproximaram as mãos.

Mal tocaram na porcelana e a realidade se alterou.

Parte II - A realidade se altera


Algo aconteceu. 

Num instante os três estavam no velho casarão. 

No instante seguinte estavam flutuando no meio do nada, entre as coisas que existem, as que existiram e as que jamais existirão.

Quando acordaram, estavam em um mundo completamente diferente.

Havia uma floresta com árvores imensas e assustadoras.

Lá em cima, no céu, pássaros estranhos voavam e emitiam gritos agudos.

Bruno olhava à volta, entre maravilhado e assustado:
- Que lugar é esse?
- Não tenho a mínima idéia. - disse Lia.
JR arriscou um palpite:

- Vai ver estamos em uma floreta de dinossauros...

Estavam nisso quando ouviram um barulho estranho.

Parecia meleca desgrudando do chão, mas era muito, muito, muito mais alto que isso.

Depois ouviram o barulho seco de árvores caindo.

O que quer que estivesse se aproximando, devia ser enorme.

E era!

Em segundos, Jr, Bruno e Lia viram aparecer da parte mais densa da floresta uma massa enorme de carne.

Era um animal comprido, com o corpo repleto de anéis que se enrolava como uma bola para poder se movimentar.

A coisa estava vindo diretamente para eles, rolando e quicando como uma bola de basquete.

O grupo saiu correndo e pulou atrás de um tronco de árvores caído bem a tempo de escapar do gigantesco molusco.

Mas não seria tão fácil.

O animal deu meia volta e veio quicando novamente na direção deles.

JR e Bruno saíram correndo, mas Lia ficou no lugar, hipnotizada com aquela visão monstruosa.

- Lia, venha para cá! - gritou JR.

Mas a garota não ouvia.

Ela permanecia lá, parada, olhando para cima e incapaz de se mexer.

Bruno fechou os olhos, mas quando os abriu de novo, a irmã ainda estava inteirinha.

Ninguém sabia o que tinha acontecido.

O animal havia quicado para longe, como se algo tivesse batido nele.

Parte III - Surge Toku





Observando direito, as crianças perceberam um animalzinho parecido com um castor.

Era ele o salvador de Lia.

- Quem é você? - perguntou JR, aproximando-se.

O animalzinho inclinou o corpo, como se recebesse os aplausos de uma platéia imaginária.

- Sou Toku, a seu dispor.

- E o que era aquilo? - perguntou Lia.

- Aquele era Quiton. - explicou Toku.

Quitons são moluscos, animais de corpo mole, muitos dos quais existiam antes dos seres humanos. O mexilhão, o caracol, o polvo e a lesma também são moluscos.

Em nosso mundo os quitons são pequenos e não se movimentam tão rápido.

Mas aquele era, evidentemente, um Quiton alterado pelas condições ambientais daquele mundo estranho.

O grupo ouviu um barulho.

Quiton estava de volta, disposto a esmagar Toku e seus amigos.

- Afastem-se! - orientou Toku.

Lia, Bruno e JR saíram correndo dali e ficaram olhando atrás de uma pedra.

Quiton havia dado um salto imenso e certamente cairia com tudo, bem em cima de Toku.

Mas o pequeno animal estava se preparando.

Com os olhos fixos em um único ponto e a respiração controlada, ele concentrava todas as suas forças em um único golpe.

Quando o molusco caiu sobre ele, Toku deu um soco tão forte que o inimigo desapareceu no céu.

- Ele deve ter ido para a estratosfera! - comentou Lia.

Buno pulava de alegria.

- Nunca vi ninguém tão forte!

- A questão não é de força, mas de controle. - explicou Toku. Forte é quem vence os outros,
mas poderoso é aquele que vence a si mesmo.

Passada a euforia, os três caíram em si.

Estavam em um mundo estranho, longe dos pais, de casa, de tudo...

- Como fazemos para sair daqui? - perguntou Lia.

- Sinceramente eu não sei. - desculpou-se Toku.

Lia franziu a testa.

- Como você nos encontrou?

- Eu vim recepciona-los a pedido do mestre Tao.

- Mestre Tão? Quem é esse?

- Vocês vão conhecê-lo na hora certa. Agora precisamos ir. É perigoso ficar aqui.

As três crianças acompanharam Toku.

Estavam confusas e inseguras.

Não tinham a menor idéia de que local era aquele e como poderiam voltar para casa.

O que era aquele prato de porcelana?

Como haviam chegado ali?

Quem era o mestre Tão?

Toku era realmente confiável?

Tantas perguntas... e uma única certeza: aquele era apenas o início de uma grande aventura...

Capítulo 2                          Gian Danton
 Disponível para download no formato PDF

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Errinhos do dia a dia

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Erros gramaticais e ortográficos devem ser evitados.
Alguns ocorrem com maior frequência. 
Veja um dos erros mais comuns.
“Houveram” muitos acidentes. 

Haver, como existir, também é invariável: 
-Houve muitos acidentes. 
-Havia muitas pessoas.
-Deve haver muitos casos iguais.

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Castanho 2002

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"...elas brincam porque sabem que o prazer está na cabeça e não no corpo."
Mário Prata

A moça triste encontra algo que a faz feliz.

Hoje vi este curta metragem e não pude deixar de compartilhar com vocês.

Veja cenas do filme:


Veja 'Castanho' na íntegra no Porta Curtas.

Ficha completa do filme
Gênero Ficção
Diretor Eduardo Valente
Elenco Ana Paula Pedro, Isabel Pacheco
Ano 2002
Duração 12 min
Cor Colorido
Bitola 35mm
País Brasil
Local de Produção: RJ

Ficha Técnica
Fotografia Fernando Miceli
Roteiro Eduardo Valente
Edição André Luiz Sampaio
Direção de Arte Tainá Xavier
Trilha original Los Hermanos
Empresa(s) produtora(s) Wset Filmes Som Eduardo Santos Mendes
       
Prêmios
Melhor Fotografia no Curta Santos 2003
Festivais
FAM - Florianópolis 2003
Festival de Cinema de Belém 2003
Festival de Gramado 2003
Festival do Rio BR 2003
Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2003
Quinzena dos Realizadores - Festival de Cannes 2004
Vitória Cine Vídeo 2003
Festival de Curtas de Belo Horizonte 2003
Guarnicê de Cine e Vídeo 2003
Mostra Curta Cinema 2002
Festival de Varginha 2003
Panorama Brasil Coisa de Cinema 2003

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