quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Moranguinho Baby

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Escultura em isopor para mesa.

Cada peça  mede 40cm de altura
e custa R$5,00.
Isopor não incluído.

Para confirmar pedido você deve fornecer a placa de isopor.

Placa com espessura de 3cm para peças de 40cm
e 5cm de espessura para esculturas de 1m de altura.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Mito da Ponte


É preciso entender que a Escola da Ponte não é um projeto feito por um ser providencial.

Mas um trabalho de uma equipe, com muito esforço.

Um trabalho de longo prazo.


pedaogia da escola da pote rubem alves, a escola que sempre sonhei, jose pacheco,, no brasil, lado obscuro tudo sobre, exclusivo. atividade sala de aula
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Moranguinho New

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Esculturas em isopor.

Enfeites de mesa com 40cm de altura.

Moranguinho

Laranjinha

Amora Linda

Cachinho de Framboesa

Cada peça custa R$5,00. 
Isopor não incluído. 

Para confirmar pedido você deve fornecer a placa de isopor.

Placa com espessura de 3cm 
para peças de 40cm 
e 5cm de espessura para 
esculturas de 1m de altura.
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

História da Educação

Antiguidade grega: a paidéia

Pedagogia O que é a Paidéia 

(...) as explicações predominantemente religiosas são substituídas pelo uso da razão autônoma, da inteligência crítica e pela atuação da personalidade livre, capaz de estabelecer uma lei humana e não mais divina. 
Surge a necessidade de elaborar teoricamente o ideal da formação, não do herói, submetido ao destino, mas do cidadão.

O cidadão = não será mais o depositário do saber da comunidade, mas aquele que elabora a cultura da cidade. Não está preso ao passado, mas é capaz de projetar o futuro.

O termo Paidéia:
+ Foi criado por volta do século V a.C.
+ Inicialmente significava apenas: criação dos meninos (pais, paidós, “criança”).

A Grécia clássica pode ser considerada o berço da pedagogia.  Paiagogos significa literalmente aquele que conduz a criança (agogôs, “que conduz”): o escravo que conduz a criança à escola.

O termo pedagogia se amplia, adquirindo o sentido de teoria sobre a educação.

Os gregos, ao discutir os fins da Paidéia, esboçam as primeiras linhas conscientes da ação pedagógica.

Tradição mítica
 
+ A concepção mítica na Grécia predomina até o século VI a.C.
+ Os mitos gregos recebiam forma poética e eram transmitidos oralmente, em praça pública, pelos cantores ambulantes (aedos e rapsodos).
+ Alguns mitos (Ilíada e Odisséia) são atribuídos a Homero.
+ Nos relatos míticos das epopéias de Homero:
- O herói vive na dependência dos deuses e do destino (falta-lhe a noção de livre arbítrio);
- Ter sido escolhido pelos deuses é sinal de valor e em nada desmerece sua virtude.
- A noção de virtude (areté) não se confunde com o conceito moral de virtude conforme o conhecemos depois, mas significa força, excelência e superioridade, alvo supremo do herói.

Nasce a filosofia
+ Filosofia: milagre grego?  Passagem do pensamento mítico para o racional e filosófico.
+ O surgimento da filosofia na Grécia não é um salto realizado por um povo privilegiado, mas a culminância de um processo que se fez ao longo de milênios e para a qual concorreram as novidades introduzidas na época arcaica.
+ Novidades: escrita, moeda, lei e polis.  Essas transformações foram responsáveis por uma nova visão que o homem passa a ter do mundo e de si próprio.
+ A escrita:
- Proporciona a possibilidade de maior abstração, que tende a modificar a estrutura do pensamento ao propiciar o distanciamento do vivido, o confronto das idéias, a retomada do relato escrito.
- Surge como exigência de rigor e clareza, estimulando o espírito crítico.
+ A lei escrita:
- A justiça, antes submetida à arbitrariedade dos reis ou da interpretação da vontade divina, volta-se para a discussão, adquirindo um caráter humano.  Fundamento para a democracia nascente.
+ A polis:
- Está centralizada na ágora (praça pública), onde se discutem os problemas de interesse comum;
- Constitui-se com a autonomia da palavra (da argumentação)
(...) A expressão da individualidade por meio do debate engendra a política, libertando o homem dos desígnios divinos, para que ele próprio possa tecer seu destino na praça pública. (42).

Educação
A formação integral
 
+ A educação grega era centrada na formação integral (corpo e espírito)  Apesar, conforme a época, fosse enfatizado o preparo esportivo ou intelectual.
+ Quando não existia a escrita, a educação era ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa.
+ Com o aparecimento da aristocracia dos senhores de terras, de formação guerreira, os jovens da elite eram confiados aos preceptores.
+ As escolas apareceram com o advento das polis. No período clássico, sobretudo em Atenas, a instituição escolar já se encontrava estabelecida.
+ A escola ainda permanecia elitizada, atendendo aos jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos comerciantes enriquecidos.

(...) na sociedade escravista grega, o ócio digno significa a disponibilidade de gozar do tempo livre, privilégio daqueles que não precisam se preocupar com a própria subsistência. Não por acaso, a palavra grega para escola (scholé) significa inicialmente “o lugar do ócio”. (p.50).

+ Educação física - antes predominantemente guerreira/militar, passa a se orientar, sobretudo para os esportes.
+ Nas escolas de formação mais esportiva que intelectual, o ensino das letras e cálculos demora um pouco mais para se difundir.
+ A inversão da formação física para a espiritual se dará com o ensino superior ministrado pelos filósofos
+ A transmissão da cultura grega se dá além das famílias e das escolas, nas inúmeras atividades coletivas (festivais, banquetes, reuniões na ágora).

Homero, educador da Grécia  

+ A educação na época da aristocracia guerreira visava a formação cortês do nobre. (Influência das epopéias de Homero que relatam as ações dos deuses e transmitem os costumes, a língua, os valores éticos e estéticos).
+ O guerreiro era formado para a virtude: sentido de força e coragem, atributos do guerreiro “belo e bom”, aos quais se acrescentam a prudência, a lealdade, a hospitalidade, a honra, a glória e o desafio à morte.
+ A criança nobre permanecia em casa até os sete anos, quando era enviada aos palácios de outros nobres a fim de aprender, como escudeiro, o ideal cavalheiresco.
+ Eram contratados preceptores que davam uma formação integral baseada no afeto e no exemplo.
+ No período arcaico e na época clássica, continuou a prevalecer a influência cultural das epopéias na educação.

Educação espartana
 
+ Após a fase homérica, ao contrário das demais cidades gregas, continua a valorizar as atividades guerreiras e a desenvolver uma educação severa, voltada para a formação militar.
+ Século IX a.C. O legislador Licurgo organizou o Estado e a educação: de início, os costumes não eram tão rudes e o preparo militar era intercalado com a formação esportiva e musical; depois, quando Esparta derrotou Atenas, o rigor da educação passou a se assemelhar à vida de quartel.
+ Cuidados com o corpo começaram com uma política de eugenia  prática de melhoramento da espécie: recomendação de abandonar as crianças deficientes ou frágeis demais e procurar fortalecer as mulheres para gerarem filhos robustos e sadios.

+ As crianças:
- Permaneciam com a família até os sete anos, quando o Estado passava a oferecer uma educação pública e obrigatória.
- Viviam em comunidades constituídas por grupos que se formavam de acordo com a idade, supervisionados pelos que se distinguiam no desempenho das tarefas exigidas.

+ Como todos os gregos, os espartanos desenvolveram o estudo de música, canto e dança coletiva.
+ Até os 12 anos predominavam as atividades lúdicas, aumentando gradativamente o rigor da aprendizagem e transformando a educação física em verdadeiro treino militar.
+ Os jovens aprendiam a suportar a fome, o frio, a dormir com desconforto, a vestir-se de forma despojada.
+ A educação moral valorizava a obediência, a aceitação dos castigos, o respeito aos mais velhos e privilegiava a vida comunitária.
+ Ao contrário dos atenienses, os espartanos não eram educados para os refinamentos intelectuais, nem apreciavam os debates e os discursos longos.
+ Esparta oferecia às mulheres maior atenção em relação às demais cidades gregas. Estas participavam das atividades físicas e exibiam nos jogos públicos toda a força, a beleza e o vigor dos corpos bem treinados.

Educação ateniense
+ Ao lado dos cuidados com a educação física, destacava-se a formação intelectual, para que melhor se pudesse participar dos destinos da cidade.
+ Final do século VI a.C.  apareceram formas simples de escolas.  O Estado demonstrava algum interesse a respeito, mas o ensino não se tornara obrigatório nem gratuito.
+ A educação se iniciava aos sete anos. As meninas permaneciam no gineceu (parte da casa onde as mulheres se dedicavam aos afazeres domésticos). Os meninos desligavam-se da autoridade materna e eram iniciados na alfabetização, na educação física e musical.
+ Acompanhado por um escravo (o pedagogo), o menino dirigia-se à palestra, onde praticava exercícios físicos. Sob a orientação do pedótriba (instrutor físico), era iniciado em corrida, salto, lançamento de disco, de dardo e em luta (cinco modalidades do pentato)  A educação física não se reduzia à mera destreza corporal, mas vinha acompanhada pela orientação moral e estética.
+ A educação musical também era valorizada  o pedagogo levava a criança ao citarista (professor de cítara). Cultivava-se também o canto coral, a declamação de poesias, geralmente acompanhada por instrumentos musicais.

A preocupação com a formação integral se expressa na frase de Platão: “Eles [os mestres de música] familiarizaram as almas dos meninos com o ritmo e a harmonia, de modo que possam crescer na gentileza, em graça e harmonia, e tornarem-se úteis em palavras e ações”. (p.52)

+ O ensino elementar de leitura e escrita, durante muito tempo, recebia menor atenção e cuidado do que as práticas esportivas e musicais. O mestre era geralmente uma pessoa humilde, mal paga e sem o prestígio do instrutor físico.
+ Á medida que aumentava a exigência de melhor formação intelectual, delineavam-se três níveis de educação: elementar, secundária e superior.
+ O gramático (grammata = letra) costumava reunir em qualquer lugar um grupo de alunos, para ensinar-lhes leitura e escrita. Usava métodos que dificultavam a aprendizagem, em que era acentuado o recurso da silabação, repetição, memorização e declamação.
+ Nessas escolas as crianças escreviam em tabuinhas enceradas e faziam os cálculos com o auxílio dos dedos e do ábaco.
+ A educação elementar completava-se por volta dos 13 anos. As crianças mais pobres saíam em busca de um ofício, as de família rica continuavam os estudos, sendo encaminhas ao ginásio.
+ Dos 16 aos 18 anos, a educação adquiria uma dimensão cívica de preparação militar.
+ Apenas com os sofistas se iniciou uma espécie de educação superior.
+ Sócrates, Platão e Aristóteles ministraram na educação superior. Sócrates se reunia informalmente na praça pública, Platão utilizava um dos ginásios de Atenas (a Academia), Aristóteles ensinava em outro ginásio (o Liceu).
+ Não há uma preocupação com o ensino profissional, pois os ofícios deveriam ser aprendidos no próprio mundo do trabalho. Uma exceção é a medicina, profissão altamente considerada entre os gregos.

Educação no período helenístico
+ Helenismo – fusão da cultura helênica às civilizações que a dominam.
+ A antiga Paidéia torna-se enciclopédia (educação geral) = ampla gama de conhecimentos exigidos para a formação do homem culto.
+ Cada vez mais aumentavam os estudos teóricos, restringindo-se o tempo dedicado aos exercícios físicos.
+ Nos grupos superiores predominava o saber erudito e distanciado do cotidiano. As questões metafísicas e políticas forma substituídas pelos temas éticos.
+ Ao lado do ensino elementar, orientado pelo gramático, desenvolveu-se o nível secundário, sendo ampliada a função de retor (mestre de retórica).
+ O conteúdo abrangente do programa foi cada vez mais caracterizado pelas sete artes liberais: disciplinas humanísticas (gramática, retórica e dialética) e científicas (aritmética, música, geometria e astronomia).
+ Inúmeras escolas filosóficas se espalharam, e da junção de algumas foi constituída a Universidade de Atenas, centro de fermentação intelectual que perdurou até o período da dominação romana.
+ 331 a.C. Alexandre Magno faz de Alexandria, outro local importante de estudos superiores.

Conclusões

+ O ideal grego de educação sofreu significativas alterações.

+ Por pertencer a uma sociedade escravista, os gregos desvalorizavam a formação profissional e o trabalho manual. Enquanto a técnica se achava associada à prática dos escravos, o cultivo desinteressado da forma física e a atividade intelectual permaneciam privilégios das classes ociosas.
+ A Grécia é o berço das primeiras teorias educacionais, fecundadas pelo embate de tendências pluralistas.

BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria Lúcia. História da Educação. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 1996.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

História da Educação

Antiguidade Oriental: 

a educação tradicionalista 

Nas civilizações orientais:

+ Não havia propostas propriamente pedagógicas;

+ As preocupações com educação apareceram nos livros sagrados, que ofereceram regras ideais de conduta e o enquadramento das pessoas nos rígidos sistemas religiosos e morais.

(...) As sociedades tradicionalistas, por serem conservadoras, pretendem perpetuar os costumes e evitar a transgressão das normas. (...) (p. 33).

Enquanto nas sociedades tribais o saber é difuso, acessível a qualquer membro, nas civilizações orientais, ao se criarem segmentos privilegiados, a população, composta por lavradores, comerciantes e artesãos, não tem direitos políticos nem acesso ao saber da classe dominante. (p.33)

A princípio:

+ O conhecimento da escrita era restrito à devido ao seu caráter sagrado e esotérico.

+ Cresceu a procura pela instrução à mas apenas os filhos dos privilegiados atingiam os graus superiores.

Assim, surgiu o dualismo escolar = um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos funcionários. A grande massa foi excluída da escola e restringida à educação familiar informal.

EGITO


+ Escolas funcionaram nos templos e em algumas casas e foram freqüentadas por pouco mais de 20 alunos cada uma;

+ Predomínio do processo de memorização;

+ Uso constante de castigos.

+ Escolas de Mênfis, Heliópolis ou Tebas – formaram escribas de categoria elevada: funcionários administrativos e legais, médicos, engenheiros e arquitetos.

+ Conteúdos ensinados: informações práticas à cálculo da ração das tropas em campanha, número de tijolos necessários para uma construção, complicados problemas de geometria associados à agrimensura, grande conhecimento de botânica, zoologia, mineralogia e geografia.

(...) esse volume de informação geralmente não vem acompanhado de questões teóricas de demonstração, nem de princípios ou leis científicas, o que, diga-se de passagem, será a grande contribuição do pensamento grego. (...) (p.34).

Exemplo: os egípcios conheciam as relações entre a hipotenusa e os catetos de um triângulo retângulo, mas foi o grego Pitágoras que procedeu à demonstração desse teorema, no século VI a.C.

BABILÔNIA

+ Destaca-se a cultura da poderosa classe sacerdotal, bem como a extrema dificuldade que a escrita cuneiforme oferece aos escribas, incumbidos de ler e copiar os textos religiosos à Por isso o aprendizado é longo, minucioso e voltado para a preservação desse língua, que sofreu apenas alterações insignificantes durante três milênios.

+ Os babilônicos:

- Construíram bibliotecas;

- Tinham amplo conhecimento de astrologia;

- Não descuidavam das aplicações do conhecimento, assim como os egípcios.

+ Os estudos científicos babilônicos vinham sempre mesclados com magia e adivinhação.

ÍNDIA

(...) a importância da tradição hindu está no fato de ter permanecido viva até os dias de hoje, por meio da herança de duas das principais religiões do mundo, o bramanismo e o budismo: ‘longe de pertencer inteiramente a um passado encerrado, como as glórias defuntas do Egito e da Babilônia, a aventura hindu prossegue sob nossos olhos.’ (p.34)

Hinduísmo:

+ Fundamenta-se nos livros sagrados dos Vedas à Rig-Veda (o livro mais antigo – talvez do terceiro milênio a.C.); Upanishads (textos mais recentes – entre 1500 e 500 a.C.).

+ Compreende que os seres e os acontecimentos são manifestações de uma só realidade chamada Brahman, alma ou essência de todas as coisas.

Enquanto nas civilizações orientais as divisões de classe são marcantes, na Índia a população é dividida em castas fechadas: os brâmanes (sacerdotes), os xátrias (guerreiros nobres), os vaicias (agricultores e comerciantes) e os sudras (servos dedicados aos serviços mais humildes).

Devido à crença de que todos saíram do corpo do deus Brahma, os brâmanes são considerados mais importantes por terem sido gerados da cabeça do deus. No outro extremo, os párias, por sequer terem origem divina, não pertencem a qualquer casta e por isso são intocáveis e reduzidos a uma condição miserável. (p.34).

+ A educação hindu privilegia os brâmanes;

+ Os brâmanes são encaminhados por mestres e aprendem os textos sagrados dos Vedas e dos Upanishads.

+ As outras castas podem receber educação elementar, com exceção dos sudras e dos párias.

+ A educação na Índia foi influenciada, também, pelo Budismo (religião fundada no século VI a.C., por Sidarta Gautama, o Buda = Iluminado)

+ A doutrina budista:- Tem caráter mais espiritualizado e valoriza, sobretudo, a relação entre mestre e discípulo;

- Expandiu-se para inúmeras regiões da Ásia, atingindo China e Japão.

- A partir dos anos 50 passou a exercer forte influência na juventude norte-americana, desgostosa com o modo de vida ocidental.

CHINA

A história da China revela uma das mais tradicionais culturas, que se mantiveram sem grandes mudanças mesmo até tempos recentes. É inevitável que a educação também reproduzisse esse caráter conservador, voltado para a transmissão da sabedoria contida nos livros clássicos, ainda que burilada por interpretações posteriores de outros sábios. (p.35).

Livros canônicos ou clássicos:

+ O mais antigo: I Ching (Livro das Mutações) à remonta ao terceiro milênio a.C;

+ De onde os sábios buscam inspiração e conceitos, como é o caso de Lao Tsé e Confúcio (século VI a.C.).

Lao Tsé:

+ Fundou o taoísmo a partir da noção do Tao (originalmente significa o Caminho) e dos princípios opostos yin e yang (Mais do que opostos, representam a união dos contrastes, um todo de duas metades, a harmonia que forma o Universo).

Kung Futsé (Confúcio):

+ Segue uma orientação mais conservadora que Lao Tsé.

+ Como sábio e professor, se ocupa com especulações voltadas para a aplicação prática na vida humana e, nesse sentido, exerce importante influência na formação moral dos jovens chineses.

Na China os letrados não são os sacerdotes, mas os mandarins (altos funcionários de estrita confiança do imperador e responsáveis pela máquina administrativa do Estado) à O sistema de seleção para esse ensino superior é extremamente rigoroso, baseado em exames oficiais que distribuem os candidatos nas diversas atividades administrativas.

A educação elementar visa à alfabetização, muito difícil e demorada devido ao caráter complexo da escrita chinesa. Também é ensinado o cálculo e oferecida a formação moral por meio da transmissão dos valores dos ancestrais. Tudo é feito de maneira dogmática, com ênfase nas técnicas de memorização. (pp.35 e 36).

HEBREUS

+ Estão impregnados da religiosidade e da ação dos profetas, seus primeiros educadores.

+ De início as sinagogas servem de local para a instrução religiosa, em que se dizem as verdades da Bíblia.

(...) os documentos bíblicos têm inevitável interesse histórico e, não somente nos fazem conhecer os valores morais e jurídicos do povo hebreu, como ajudam a compreender as raízes judaico-cristãs da cultura ocidental. (p.36).

O que distingue os hebreus dos demais povos antigos?

A superação da concepção politeísta, admitindo a existência de um só deus, Javé (ou Jeová);

A introdução da noção de individualidade (enquanto as outras civilizações não destacam propriamente a individualidade, por estarem seus membros mergulhados nas práticas coletivas, os hebreus desenvolvem uma nova ética voltada para os valores da pessoa e para a interioridade moral.);

A importância de todo e qualquer ofício e o reconhecimento do valor da educação manual.

Citações a respeito:

“A mesma obrigação tens de ensinar a teu filho um ofício como a de instruí-lo na Lei”.

“É bom acrescentar a teus estudos o aprendizado de um ofício; isso te ajudará a livrar-te do pecado”.

Em relação ao tópico 2, acima relacionado, vejamos o exemplo do Egito, citado por Manacorda (1989, p.13):

“Mais do que à consciência interior, a moralidade parece dirigida às relações interpessoais; o emendar-se perante os próprios olhos parece subordinado à oportunidade de não ser corrigido por outro. A universalidade do ensinamento moral parece sofrer o condicionamento social, já que se dirige a uma casta particular de indivíduos”.


O PENSAMENTO ORIENTAL HOJE

Tentativas de aproximação ao pensamento oriental hoje à críticas contemporâneas às conseqüências da extrema e unilateral valorização da razão.

(...) o desenvolvimento da ciência e da técnica trouxe a ilusão de que fora delas não haveria saber ou poder possíveis. Da mesma forma, o capitalismo desenfreado tudo submeteu aos valores do lucro e da competição. Daí resultaram o cientificismo, a tecnocracia, a sobreposição do mundo dos negócios à vida afetiva.

Por isso, o homem contemporâneo se acha mal consigo mesmo. Dono de um saber que vem da ciência e de um imenso poder sobre a natureza, na verdade lhe escapa o sentido de sua própria existência. Sabe muito bem como fazer, mas nem sempre para que e por quê (...) (p.36).

Esses motivos levaram alguns jovens de países mais abastados, a partir dos anos 1950, a iniciarem um movimento de contracultura, opondo-se ao modo de vida do homem da era tecnológica.

Exemplo: o movimento estudantil de maio de 1968 na França sofreu influências as mais diversas, dentre as quais a de segmentos da contracultura com inspiração oriental.

BIBLIOGRAFIAARANHA, Maria Lúcia. História da Educação. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 1996.

http://historiaeducar.blogspot.com/2007/09/antiguidade-oriental-educao.html