segunda-feira, 29 de agosto de 2011

História da Educação

Educação no Egito


Estudando a educação no Egito por meio de citações:

+ Formação do homem político à a instrução com uma finalidade política:
 ‘Disse então a Majestade deste Deus: Ensina-lhe antes de tudo a falar, de modo que possa valer de exemplo aos filhos dos nobres. Entra nele a obediência e toda retidão de quem lhe fala. Ninguém nasceu sábio’ (Br.34) (apud MANACORDA, 1989, p.13).

+ Importância do falar bem (essencial para ser político):
 ‘Iniciam os preceitos do bem falar, que o nobre Ptahhotep pronunciou, instruindo o ignorante no saber, para falar bem’ (Br. 34). (apud MANACORDA, 1989, p.14).

+ Bem falar como conteúdo e objetivo do ensinamento:
 ‘Se a sua boca procede com palavras indignas, tu deves domá-lo em sua boca, inteiramente... A palavra é mais difícil do que qualquer trabalho, e seu conhecedor é aquele que sabe usá-la a propósito. São artistas aqueles que falam no conselho... Reparem todos que são eles que aplacam a multidão, e que sem eles não se consegue nenhuma riqueza...’ (Br. 37, 41, 46) (apud MANACORDA, 1989, p.14).

+ Obedecer associado ao ato de comandar à a arte de comandar é, antes de tudo, a arte de obedecer:

‘Se és um homem de qualidade, forma um filho que seja sempre a favor do rei... Curva as costas perante o teu superior, o teu superintendente no palácio real... É prejudicial para quem se opõe ao seu superior... É útil ouvir para um filho que ouve, e quem ouve torna-se um homem obediente... Educa em teu filho um homem obediente. Um filho obediente é um servidor de Hórus, o faraó... Sê absolutamente escrupuloso para com o teu superior... Age de tal modo que o superior dele possa dizer: Como é admirável aquele que seu pai educou!’ (apud MANACORDA, 1989, p.15).

Educação de pai para filho:
 ‘Todo homem que foi instruído deve falar aos seus filhos renovando o ensinamento de seu pai.’ (Br. 46).
‘Não tires nem acrescentes uma palavra sequer. Não coloques uma delas no lugar de outra.’ (apud MANACORDA, 1989, p.15).

Respeito ao mestre:
 ‘Não mates um homem do qual conheces a excelência, junto ao qual tu leste em voz alta os escritos’ (Br. 86). (apud MANACORDA, 1989, p.19).

A formação do escriba – sinônimo de status:
 ‘Ó escriba, forma-te um filho, educando-o de cima abaixo nas letras úteis. Eu também fui educado por meu pai nas letras úteis, que lhe tinham sido transmitidas... E reparei que, depois eu me tornei sábio, comecei a ser louvado... Assim também tu deves criar-te um filho que seja educado nas letras’ (Br. 10). (apud MANACORDA, 1989, p.20).

‘Lê então o fim de Kemit e lá encontrarás esta frase que diz: Quanto ao escriba, ele nunca sairá do bem-estar e em qualquer lugar onde ele morar não haverá mais necessidades’ (Br. 151-2). (apud MANACORDA, 1989, p.23).

‘Mostrar-te-ei sua verdadeira beleza: ela (a profissão de escriba) é a maior de todas as profissões e não existe outra semelhante a ela neste país’ (Br. 153). (apud MANACORDA, 1989, p.24).

Participação da mulher na vida e na educação dos filhos: 
 ‘Duplica o pão que tua mãe te deu. Trata-a como ela te tratou: assumiu teu peso e não te deixou. Quando nasceste, após os teus meses (de gestação), ela te carregou no colo, pondo suas mamas na tua boca durante três anos. Apesar da repugnância de teus excrementos, nunca provou desgosto dizendo: Que farei?!’ (Br. 292). (apud MANACORDA, 1989, p.28).

‘Colocou-te na escola, onde devias ser instruído nas letras, e todo dia ficava te esperando com pão e cerveja da casa.’ (Br. 292). (apud MANACORDA, 1989, p.28).

Disciplina/indisciplina:
 ‘Não passes o dia na ociosidade, ou serás surrado. A orelha da criança fica nas suas costas e ela presta atenção quando é surrada’ (Br. 309). (apud MANACORDA, 1989, p.32).

‘Disseram-me que abandonaste a escritura e ficas andando à toa. Deixaste a escritura e transformaste teus pés num par de cavalos... Teu ouvido é surdo e te tornaste como um asno que precisa ser punido’ (Br. 311). (apud MANACORDA, 1989, p.32).

‘Mas eu farei parar que teus pés vadiem pelas ruas, quando te surrar com chicote de hipopótamo’ (Br. 314). (apud MANACORDA, 1989, p.33).

‘Quando tinha a tua idade, passava o tempo nos grilhões; foram eles que domaram meu corpo, porque fiquei com eles três meses’ (Br. 314). (apud MANACORDA, 1989, p.33).

BIBLIOGRAFIA
MANACORDA, Mario Alighiero. História da Educação: da antiguidade aos nossos dias. São Paulo: Cortez/ Autores Associados, 1989.

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