segunda-feira, 14 de março de 2011

Sem Nexo

Parte 3 de 23
Capítulo 11

Mas espere. Uma luz verde se fez lá a cima da úvula.

É o buraco do ouvido do sapo que será nosso caminho de fuga. Lacei a úvula do sapo pra tentar uma escalada. Porém um tremor vindo do liquidificador estomacal do bixo se fez ensurdecedor e em meio segundo fomos lançados para o exterior junto com o vomito nutritivo de moscas mortas. A varejeira ficou aterrorizada!

Nossa fuga não foi vitoriosa. Fomos lançados até a boca banguela de um velho que dormia de ponta cabeça – aqui ao menos não precisávamos fugir dos dentes.

E durante vinte e três segundos ficamos num vai e vem saltando da boca do sapo para a boca do velho.

Pensei: "melhor fazer como o lesma disse: Fugir pela retaguarda transformados em merda."

-Já chega!!!

Gritou o lesma Júlio César dentro da boca do velho que acordou assustado, se deslocando e errando o alvo que era a boca do sapo.

Fomos parar no lombo do bixo e seguimos nossa viagem na cacunda do amarelão. 
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