Parte 1 de 23
Capítulo 10
Caiu a noite e o sol iluminava o copo d'água onde olhava-me feito espelho em seu fundo.
Lá estava, eu, de cabeça pra baixo pendurado com os morcegos num pé de feijão, acordando pra dormir.
Ao soar quarenta e três minutos e meio para o jantar, apareceu um círculo quadrado no horizonte, avisando a hora da fuga.
Montei então, na minha varejeira Cor-de-rosa abaixo de uma chuva de saca-rolhas e voei até a esquina. Lá encontrei meu amigo lesma, arquiteto e filósofo Júlio César sentado em uma pedra meditando. Buscando resposta sobre seu eu contido numa lata de sardinhas.
Esmagadora sensação.
Pois bem, seguindo nosso devaneio parabenisei meu amigo pelo seu fracasso e o convidei para fugir comigo. César sem pestanejar aceitou e montou na Cor-de -rosa,
-Para onde vamos amigo Sonho?
-Não sei. Só sei que é hora de partir sem olhar pra traz. A Cor-de-rosa nos guiará. A única certeza que tenho é que estou farto de tantas realidades monótonas, cinsas e capitalistas nas manhãs indo ao trabalho.
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