Desenhos: FAFÁ FONTES
O Reino Mineral
PARTE 1
Conselheiro foi com eles e saúdo-os, despedindo-se:
- Infelizmente não posso seguir daqui para frente, mas gostaria muito. Vocês são muito corajosos e salvaram o Reino Animal da influência maligna...
- Coragem é com a gente mesmo. – disse JR, batendo no peito.
- Toku acha que devemos ir logo. – reclamou Toku. As crianças já estavam se acostumando com essa mania estranha de Toku de falar de si mesmo como se fosse outra pessoa, mas Lia sempre achava estranho.
- Então devo me despedir. – concordou o Conselheiro. Vão em paz e que a força animal esteja com vocês.
Depois disso, ele entrou no carro e alçou vôo. As crianças se viram frente a frente com um deserto. Não havia árvores no caminho e o sol era de rachar. Felizmente, eles tinham ganhado muitas frutas e verduras e Toku regulava a comida para que não faltasse.
Mas a sede começou a atormentá-los. Eles olhavam em volta e não viam nada, nem mesmo um coqueiro com uma deliciosa água de coco, ou um cacto... é, porque, em deserto sempre tem cacto de onde se pode sempre tirar um pouquinho de água.
Mas aquele deserto não tinha coqueiros, nem cacto, nem oásis. Era deserto mesmo.
Eles andavam, andavam, mas o objetivo parecia não chegar nunca. Bruno percebeu que estava todo suado e lambeu a mão.
- Que nojo! – reclamou Lia. Por que você fez isso?
- Ah, eu tava com sede, mas o suor é salgado.
- Justamente. O suor não serve para beber porque tem sal... – explicou Lia.
- Se estivéssemos preparando comida, só o suor que está saindo do Bruno já era suficiente para salgar todo o almoço. – brincou JR.
- Bleargh! – fizeram Lia e Bruno.
- Crianças falam demais. – ralhou Toku. Melhor guardar forças para a caminhada...
Depois disso, fizeram silencio e foram andando pelo sol escaldante. A sombra, que antes era grande, foi ficando pequena para depois ficar grande para o outro lado. Toku tinha levado uma vasilha com água, mas ela acabou. Depois disso, contentavam-se comendo melancia. Chegou a noite e, ao invés de calor, começou a fazer frio. Eles tiveram que dormir coladinhos um no outro para poder agüentar a friagem.
No dia seguinte, Lia estava com a garganta seca.
- Se não encontrarmos água logo, não sei se vou agüentar.
- Ei, olhem isso! Toku achou algo...
- O que foi? O que foi?
Todos se aproximaram, mas não viram nada. Só areia molhada.
- Areia molhada? – JR fez cara de muxoxo. Você chama a gente para ver areia molhada?
- Pequeno gafanhoto não é muito esperto. – disse Toku. Se areia está molhada, é porque tem água.
Dizendo isso, ele cavou até encontrar um pequeno poço, cheio de água. Todos pularam no chão, mortos de sede. Beberam até se fartar, depois comeram frutas e seguiram viagem.
Andaram mais umas boas horas até avistar uma montanha.
- É ali. – avisou Toku.
Lia coçou a cabeça.
- Uma montanha? Pensei que íamos para um palácio...
- Paciência, tenham paciências pequenos aprendizes...
A entrada da montanha parecia uma bocarra de um monstro, mas os nossos heróis não se intimaram e foram em frente. Ao longo do caminho, iam observando as estalactites, que são aquelas formações de rochas que parecem gotas caindo do telhado...
O corredor dava em um grande salão iluminado pela luz do sol, que entrava por uma abertura no teto e refletia nas várias pedras nas paredes.
- E agora? Perguntou Lia? Não há ninguém aqui! Será que fugiram do palácio?
PARTE 2
-Ei, Toku. Você nos trouxe ao lugar errado. Não há ninguém aqui!
- Não há ninguém aqui, pequeno gafanhoto? Olhe direito...
Como que em resposta à fala de Toku, algo estranho aconteceu. As paredes começaram a se mexer. Uma imensa massa cristalina se despregou da parede e veio avançando na direção das crianças. Era um dragão... de diamante!
Os diamantes são as pedras mais valiosas e mais duras do mundo. Só um diamante pode riscar outro diamante. Seu brilho era lindo e ao mesmo tempo assustador.
Da mesma forma, outros seres começaram a surgir das trevas... eram turquesas, turmalinas, águas-marinha, carvão, berilo...
A origem de tudo
Isso é fato
Rocha derretida
O segundo artefato
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