segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sem Nexo

Parte 18 de 23 
Capítulo 4

O caminho era tão certo em minha mente que parecia ter feito aquele percurso muitas vezes.
      - Ali, Júlio. É ali naquela praia que devemos pousar.
      - Você é quem manda, Sonho.

Aterrizamos lentamente numa velocidade incrível.
      - Me diga, Sonho. Se essa ilha e de baixo do mar, como iremos permanecer tanto tempo em baixo da água, já que não temos roupas para mergulho?
      - Puxa, tem razão, lesma. Mas que idiota que eu sou.
      - E agora, temos que voltar?
      - Não! Seria perder o pouco do tempo que temos. Onde iremos encontrar mais tempo? Vamos tomar a poção que o Ruhtra nos deu, pra ver no que vai dar.

Com água pelos joelhos, tomo metade do frasco e recito:
      - Exiep uos aroga!

      - Ah, ah, ah!!!!
      - Oque foi , Júlio? Porque este ataque de risos numa hora tão decisiva?
      - Porque você tá ficando com cara de peixe! Ah, ah, ah, ah..

      - Peixe, eu!?
      - Sim. Ah, ah, ah, maior barato! Doideira, meu!
      - Agora toma você, Júlio.
      - Não! Eu não vou tomar nada. Porque vamos, os dois, virar peixe e depois como voltaremos ao nosso aspecto original?
      - Cai na real, Júlio. Estamos num mundo surreal. Você acha que o cara que sabe transformar a gente em peixe não sabe reverter o efeito?
      - Tem razão. Vou tomar então...é pela varejeira. 


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