Capítulo 16
Demorei três segundos pra entrar no mais profundo dos sonos.
Enquanto eu dormia, o Júlio César anotava na areia tudo o que eu balbuciava.
- Chovia na minha cama quando quebrei as pernas das madeixas cegas das noites dos homens pobres que rezam por nada naqueles dias frios....
- Mago, o Sonho não está falando nada com nada!
- Estou ouvindo, caro Júlio César. É preciso mais concentração. Me diga, Sonho: qual é o caminho? Qual é o caminho para a Ilha do Sonho?
- ... a Ilha do Sonho fica debaixo do Mar Xadrez, perto da terra das pedras homens...
- Ele já viu o suficiente. Acorde sonho. Acorde e saia do transe.
- Ããã... oquê?... oquê foi?
- Vocês devem partir depressa! Deixem sua amiga comigo, mas antes de partir quero que levem isto.
Disse o mago tirando um frasco de vidro de sua bolsa.
- Mas o que é isto Ruhtra?
Pergunto, eu.
- Quando estiverem entrando na água, bebam isto e digam em vós alta: "Exiep Uos Aroga". Então saberão para que serve. Mas vão logo porque vocês tem pouco tempo.
Para ganharmos vantagem sobre o pouco tempo, chamamos um taxi-libélula que sobrevoava o local naquele momento.
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